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Chuvas e Qualidade das Vias

Depois de um veranico em janeiro, suficiente para preocupar em relação aos reservatórios das barragens que abastecem a população do Distrito Federal, as chuvas voltaram com frequência e precipitações animadoras.

Considerando que já há uma crise hídrica instalada, somente a realização de obras de captação, tratamento, bombeamento e distribuição em regime de urgência possibilitará passar a próxima seca sem maiores transtornos.

A chuva trouxe também a preocupação com as vias. Há reclamações vindas de todas as cidades decorrentes do aumento do número de buracos nas vias. Mesmo nas vias de ligação entre as cidades é visível o crescimento do número de buracos e de outras imperfeições nas faixas de rolamento, especialmente nas faixas da direita das vias, destinadas aos ônibus e outros veículos pesados.

A tecnologia adotada no Distrito Federal para implantação das vias propicia esta infindável tarefa de consertar a cada ano as vias de pavimento asfáltico. Resumidamente o processo consiste em fazer a preparação do leito com material de baixa resistência que é compactado. Sobre este leito é posta uma camada de material um pouco mais resistente à compactação na base da camada asfáltica. Sobre esta base é lançada um capa de betume impermeabilizadora e finalmente o concreto asfáltico.

As vias, implantadas conforme descrito acima, quando sujeitas a sobrecarga sofrem afundamentos ou mesmo rachaduras na camada asfáltica. Com a chegada das chuvas, suas águas se infiltram, passando pela capa impermeabilizadora e ao molhar a argila que constitui a base, faz com que a pavimentação entre em colapso, onde o pavimento se rompe e surgem os buracos.

Em algumas vias, das quais se espera uma maior resistência, tem-se utilizado ao longo de décadas outras tecnologias. Vias como o Buraco do Tatú e a ligação entre a L2 Sul e Norte, que passa entre a Catedral e o Museu da República, têm pavimento em concreto e exigem pouca manutenção. Recentemente as vias exclusivas para ônibus foram feitas em concreto. Outras vias receberam reforço de suas bases melhorando sua resistência.

Enquanto não se substitui a tecnologia das vias, especialmente daquelas sujeitas a tráfego pesado, impõe-se a realização de serviços de tapa-buracos todos os anos. Os danos podem exigir a recuperação de todo o trecho. Está na hora de começar.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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