theme-sticky-logo-alt
theme-logo-alt

Transbordamento do Riacho Fundo

Era inicio de janeiro de 1982. O novo Administrador Regional acabara de chegar ao Núcleo Bandeirante. O Riacho Fundo e o Córrego Vicente Pires que desagua no primeiro, haviam transbordado. Mais de uma centena de famílias que viviam em habitações precárias às suas margens, estavam desabrigadas.

As famílias foram recolhidas e acomodadas em escolas e prédios públicos até que fossem alojadas em habitações provisórias ao longo da 4ª Avenida. Aquele evento deu início a um programa de remoção de todas as habitações precárias, invasões, tais como, IAPI, Placa da Mercedes e várias outras, todas para a Candangolândia, fixada então.

A Administração Regional promoveu à época, dragagem dos leitos dos Córregos Riacho Fundo e Vicente Pires. Por muitos anos não se ouviu falar de enchentes, naqueles cursos d’água. Neste início de ano 2024 o Riacho Fundo transbordou e inundou a Vila Cauhy.

As margens do Riacho Fundo não são adequadas para a ocupação com habitações ou quaisquer atividades urbanas, pois estão pouco acima do nível das águas e seu solo é constituído de turfa. A Vila não foi fruto de planejamento urbano e sim da omissão dos responsáveis pela fiscalização e gestão da ocupação do solo na região.

Logo que as águas retornem ao seu curso normal, caberia fazer uma nova dragagem dos leitos e a remoção daquela população para local seguro. Como a área tem uma topografia propicia à inundação e existe muita atividade urbana e rural a montante daquela região, acidentes podem ocorrer a qualquer tempo, colocando todos em risco.

Crônica anterior
Lei de Proteção de Dados e Inteligência Artificial
próxima crônica
Dengue Tem Aumento de 207% no Início do Ano
Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

0 Comentário

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

15 49.0138 8.38624 1 0 4000 1 https://www.ambienciabrasilia.com.br 300 1