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Defesa da Bacia do Lago Paranoá

Desde a decisão da escolha do local para a construção de Brasília, a nova capital federal na bacia do Rio Paranoá, composto pelos Riacho Fundo, Ribeirão do Gama, Torto e Bananal, persistia a preocupação de mantê-la preservada, evitando o seu adensamento. Entretanto, a partir dos anos 2000 essa preocupação passou a ser negligenciada.

A maior parte das ocupações para fins urbanos, na Bacia do Paranoá decorre de fracionamento de áreas destinada originalmente para outros fins, em geral agrícolas. Outros, como a Cidade Estrutural tiveram outra origem. Ali se fixaram as pessoas que buscavam subsistência no lixão a céu aberto, posto pelo governo de então.

Uma visita ao Núcleo Rural Vicente Pires, originalmente parcelado como chácaras de 2 hectares, hoje tornou-se a Região Administrativa Vicente Pires onde residem, segundo a Agência Brasília, uma população estimada em 100 mil pessoas.

O parcelamento original não previa áreas para escolas, postos de saúde, para esporte e lazer etc. Compunha-se de um traçado de vias de acesso às chácaras. Tampouco estavam previstas infraestrutura como rede coletora de águas pluviais, esgoto sanitário etc.

Há dezenas de edifícios construídos sem projeto aprovados, mesmo porque a sua maioria é composta por número de pavimentos não permitidos pelas normas de edificações e ocupação territorial. Tais edifícios estão impossibilitados de serem regularizados, pelos motivos expostos e não foram objeto de fiscalização. Um deles ruiu em 2015. Mas o problema não se restringe ao Vicente Pires.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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