Parque Olhos D’Água, Beleza e Abandono
Era 1993 quando Brasília foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade. O Governador José Aparecido de Oliveira procedera o tombamento do Plano Piloto e como tal nenhuma alteração sua era aceitável. Um grupo estava se mobilizando para criar o Parque Olhos D’Água. O Parque proposto ocuparia as Superquadras Norte 413 e 414.
A Asa Norte, de ocupação tardia, tinha muitos espaços desocupados. As quadras doadas à UNB não haviam sido ocupadas por falta de uma política daquela universidade. As SQN 413 e 414, assim como a Entrequadra 213/214 se mantinham cobertas de vegetação natural. Nelas existiam nascentes e uma topografia significativamente irregular.
O Distrito Federal já contava com a Câmara Distrital. Os ambientalistas que ousavam querer mudar a Brasília tombada se escudaram no Legislativo local e venceram a batalha. Foi alterado o Plano Piloto de Brasília e criado o Parque Olhos D’agua em 1994.
O Parque é muito frequentado. Tem espaços com destinações diversas e uma vegetação endêmica significativa. As nascentes do Parque Olhos D’Água, vertem águas cristalinas onde em tempos idos podia se ver aves aquáticas e variedades de peixes de pequeno porte.
Hoje o Parque tem sinais de abandono. Especialmente o lago formado pela nascente próxima à SQN 415. Ele está tomado por vegetação exótica e algas. Seu espelho d’água está reduzido. Os cupinzeiros, por falta de predadores, saltam aos olhos. Muitas árvores cortadas. Trilhas com pisos danificados. A maioria das placas de identificação das árvores já não existem etc. O que se vê por todos os lados é a beleza comprometida pelo descuido.
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