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Manutenção das Áreas Urbanas Durante a Seca

A estiagem no Planalto Central se estende de maio a outubro. Em verdade não se trata apenas de falta de chuvas. O inverno na região central do Brasil tende a ter índices de umidade relativa do ar correlatos àqueles encontrados em desertos. Visitei o deserto do Atacama em maio e constatei que a umidade relativa aqui era menor que a registrada lá.

A rede escolar mantém atenção nos níveis da umidade relativa do ar, especialmente nos meses de agosto e setembro quando não são raros a queda a índices abaixo de 10%, fato este que enseja a suspensão das aulas pera evitar expor as crianças a riscos.

Quem mora aqui há vários anos sabe dos cuidados a tomar. Sabe também que o meio-ambiente se adaptou ao clima. Assim é que durante tal período muitas das árvores deixam cair as folhas reduzindo suas atividades. As gramíneas secam, ficam com cor pardacenta, as folhas cobrem as raízes que devem ser preservadas até às novas chuvas.

Por essas razões causou-me espanto ver um trator, dotado de roçadeira, a trabalhar no gramado do Eixão como se estivera a cortar grama. Não havia o que cortar. O que fazia era apenas levantar poeira. Fiquei a pensar se ele estava ali, indo e vindo para cumprir um contrato que determinava que fosse executado aquele trabalho durante o ano todo.

Vi, dias depois, um grupo de trabalhadores portando roçadeiras de mão. A seu lado estavam alguns atarefados com a cata de folhas secas. Os recursos usados no corte de grama seca poderia servir para plantar espécies erradicadas que não têm sido repostas.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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