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Segurança da Capital Federal

Desde os primórdios da nação brasileira, ainda durante o regime imperial, o patriarca da independência, José Bonifácio, em 1823, preocupado com a vulnerabilidade da Capital, então no Rio de Janeiro, sujeita a possíveis ataques de corsários franceses, estabelece sua transferência para o Planalto Central.

A preocupação de José Bonifácio foi incorporada à Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil em 24 de fevereiro de 1891 em seu Art. 3º que estabelece: – Fica pertencendo à União, no Planalto Central da República, uma zona de 14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada para nela estabelecer-se a futura Capital Federal.

Já em 1892 o Congresso aprovou uma expedição, Missão Cruls, encarregada de estabelecer o local onde seria construída a Nova Capital. Desta comissão participaram astrônomos, engenheiros, militares, médicos, botânicos e outros cientistas.

O local escolhido inicialmente tinha 14.400 km² e foi reduzido para 5.802 km². A Capital localizada por Lucio Costa na bacia do Rio Paranoá, em seu Relatório do Plano Piloto previa todas as condições para o melhor funcionamento da Capital Federal.

O episódio deste 8 de janeiro de 2023, três séculos depois das preocupações de José Bonifácio, nos põe diante da ameaça interna, não pelos corsários, mas por aventureiros movidos por interesses pessoais, comprometidos com correntes de pensamento conservador, a manipular parte da população em beneficio de objetivos indefensáveis.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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