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Garagem do Bloco C da SQN 210

Desabou na madrugada de segunda-feira, 5 de fevereiro, a parede de uma cortina de concreto armado, situada à frente e ao longo do prédio do bloco C da SQN 210. Ela tombou por igual sobre muitos carros estacionados na garagem. Uma olhada superficial mostrava a estrutura do prédio intacta e sólida. Nenhuma deformação resultante.
As possíveis causas aventadas e divulgadas: falta de impermeabilização, excesso de chuvas e ferragens enferrujadas, não se mostram plausíveis. O excesso de chuvas, ainda que terreno externo estivesse encharcado, a carga estaria prevista no projeto estrutural.
A impermeabilização não ocasionaria o tombamento da cortina. Causaria vazamentos, mofo nas paredes ou pisos, mas tombamento não. Ferragens oxidadas, enferrujadas e fadiga do concreto, isto sim, poderiam causar o rompimento da estrutura e desabamento.
As obras, quando da solicitação do Alvará de Construção, têm projetos apresentados ao órgão fiscalizador que aprova apenas a arquitetura. Os demais são arquivados e são de responsabilidade do executor da obra e projetistas: cálculo estrutural e instalações etc.
O Distrito Federal não dispõe de um Código de Postura a exemplo de outras grandes cidades do país. Geralmente esta norma estabelece as condições de uso do espaço urbano, das edificações e dos equipamentos. A vistoria regular permite verificar se há risco, seja com o viaduto, o prédio, o elevador etc. Esse acidente, felizmente sem vítimas, é um aviso para que se conclua a elaboração do Código de Posturas do DF.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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