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Toda Cautela é Pouca

A tragédia ocorrida em Minas Gerais com o rompimento de barragem em uma mineradora, que resultou no despejo de lama sobre uma vila situada a 25 quilômetros abaixo é lamentável. Até agora havia sido confirmada a morte de mais de uma dezena de pessoas e há um número muito superior de desaparecidos.

Aquela tragédia deve nos lembrar que também aqui temos situação de risco. Também aqui pessoas perderam a vida por imprevidência. Morreram pessoas no Distrito Federal em viadutos alagados e em obras de construção civil assim como morrem centenas a cada ano em acidentes.

Enquanto havia planejamento da ocupação e uso do solo não era de se esperar que pessoas sofressem soterramento por deslizamento de terra. As cidades eram construídas sobre terrenos firmes e com inclinação máxima do terreno de 15%. Há algum tempo as terras vem sendo griladas e loteadas em “condomínios”, se não com anuência governamental, com a leniência da fiscalização.

Daí surgiram inúmeras ocupações em áreas de proteção ambiental, áreas de terrenos instáveis, construções junto a cursos d’agua. Constroem-se irregularmente, em encosta de morros onde as terras são instáveis, sujeitas a desmoronamentos e soterramentos, especialmente em caso de chuva forte.

Há outras situações de risco como depósitos de explosivos nas mineradoras, casas de fogos de artificio nas cidades, depósitos de combustíveis, oleodutos etc. Nos anos 80 uma explosão em um oleoduto causou a morte de quase cem pessoas em Cubatão. Tem ocorrido acidentes com depósitos de combustíveis. Dias atrás houve uma explosão de gás de cozinha que fez desmoronar dezenas de edificações no Rio de Janeiro.

As refinarias, as obras de grande complexidade e de alto risco têm o costume de manter junto à entrada dos trabalhadores placas com a inscrição “Estamos a xx de dias sem acidentes”. Esta é uma forma de lembrar dos riscos naquela atividade e da responsabilidade de cada uma das pessoas na sua prevenção.

A prevenção é a melhor forma de evitar acidentes. A redução da velocidade máxima das vias, a não ocupações de áreas de risco, a implementação de medidas cautelares é a melhor forma de evitar as tragédias. Ao poder público cabe acompanhar e exigir a execução das medidas de prevenção aos acidentes, muitos deles previsíveis.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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