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Taxi, a Guerra Continua

Os poderes Legislativo de Curitiba e Distrito Federal estão mais uma vez às voltas com a guerra entre os profissionais que trabalham com os aplicativos Uber e o 99taxis, os permissionários autorizados por lei, os taxistas que alugam carros e os usuários. Nesta guerra, o legislativo e o executivo municipais não têm tido êxito em evitar confrontos.

A verdade é que o Uber caiu nas graças dos usuários. O serviço tende a ser rápido, o usuário é informado da identidade do motorista, do veículo, do custo da viagem e do trajeto e os pagamentos são feitos sempre por cartão de crédito. Ao final ele avalia o serviço prestado e esta avaliação pesa na relação entre o motorista e o Uber.

O Uber exige informações cadastrais do candidato, requer que o veículo seja de pouco uso, que o motorista aja com urbanidade e se apresente com elegância além de ser gentil, acomodando a bagagem e abrindo a porta para o usuário. Os usuários têm demostrado que gostam de serem bem tratados e muitos confiam no serviço.

Os permissionários alegam que se trata de uma empresa estrangeira, que não paga impostos que os motoristas não são confiáveis, que eles tiram trabalho dos regulares, e que acabam não ganhando nada porque há desconto na tarifa e taxa paga à Uber, restando apenas R$ 1,00 por quilometro para o Uber X e R$ 2,00 para o Uber Black.

O táxi regular é dirigido, na maioria dos casos por motoristas que o aluga. Neste caso realmente não há qualquer triagem sobre o condutor. O permissionário apresenta documentação conforme exigido nas normas, mas aluga o carro no turno em que não trabalha, contudo a grande maioria aluga de alguém que comprou várias permissões.

O 99taxis é um aplicativo de chamada. O motorista se cadastra e paga R$ 2,00 para cada cliente que lhe é indicado e assim aumenta sua clientela. O rádio táxi cobra por quinzena e tem o mesmo propósito.

Alguns têm se beneficiado com a briga. O preço do aluguel do táxi caiu de R$120,00 ao dia para R$ 80,00. Os maiores incomodados são os permissionários que viram cair o valor de revenda das permissões e o valor de aluguel dos carros.

Entendo que o número de táxis deve ser aumentado, conforme a demanda atual. Empresas deveriam ser constituídas para alugar carros. Os condutores, indistintamente, deveriam ser cadastrados. Todos os serviços devem ter registro Municipal ou Distrital. Os motoristas devem contribuir para a previdência. Assim eliminaríamos os conflitos.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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