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Perigo aos Veículos nas Vias

Rodando pelas vias, independentemente de sua importância ou localização, é comum ver pedaço de madeira, ramo de árvore ou objeto qualquer saindo do solo. Em alguns lugares são cones colocados ao lado de um buraco na sarjeta. Trata-se de uma boca de lobo que teve a grelha furtada.

Para evitar um grave acidente alguém colocou ali uma advertência, uma sinalização precária para chamar a atenção do motorista. Quando não há tal aviso, a ausência da grelha só é percebida quando já não há mais possibilidade de evitar um desastre.

Um veículo à velocidade de 60 km/hora percorre 60 metros em menos de 4 segundos, tempo curto para perceber o buraco e desviar o carro. A distância de 60 metros é uma estimativa da proximidade necessária para que o ângulo de visão do motorista sentado ao volante permita que ele visualize a ausência da grelha. É quase certo que um veículo indo em sua direção irá cair no bueiro.

Um bueiro desses de sarjeta têm em geral 110 x 45 cm, sendo a dimensão maior no sentido da via. Assim, se a boca de lobo está sem tampa nela caberá o pneu e a roda do carro. Caindo ali a roda o veículo sofrerá um tranco brusco capaz de causar um capotamento com desdobramentos imprevisíveis.

Em alguns locais tampas de poços de visita de bueiros de água pluviais, de rede de energia elétrica ou de rede de telefonia também são furtadas, pois são de aço, material de valor de revenda em depósitos de ferro velho. Esse poços também representam risco para veículos que por tais vias circulem.

A Prefeitura de Salvador fez, a partir de 2013, uma experiência de substituição das grelhas de boca de lobo e de tampas de poços de visita por outras feitas de polietileno de alta densidade. Esse material teria a resistência requerida, suportando veículos pesados. Seu valor de revenda para reciclagem seria bem menor que o aço ou o ferro fundido. O propósito era substituir todas as grelhas e tampas.

Enquanto não se tem uma solução definitiva no Distrito Federal, seria desejável que o órgão responsável pelas vias fizesse verificação rotineira de modo a identificar os locais onde as bocas de lobo e os poços de visita estejam sem grelas ou tampas e providenciar os reparos no menor prazo, dados os riscos. Pode-se afirmar que à noite é quase impossível ver um buraco causado pela falta de uma grelha. O risco é grande.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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