Não Há lugar para Contêineres de Lixo
Os contêineres de lixo devem ser resistentes o suficiente para aguentar aos esforços impostos pelos hidráulicos dos caminhões durante a sua descarga. Devem ser herméticos para evitar que os odores do lixo ali depositados não exalem para a vizinhança ou que insetos e pequenos animais venham a ter acesso a seu conteúdo e proliferem alimentados por ele. Suas tampas devem permitir fácil acesso de modo a propiciar a deposição de outros sacos de lixo além dos já ali existentes.
Não é o que vem ocorrendo. Os contêineres em uso são antigos, suas tampas permanecem abertas e o lixo ali depositado nem sempre está acondicionado em sacos apropriados. Aqueles que depositam o lixo parecem preferir que os contêineres fiquem abertos, talvez para facilitar o uso e, aparentemente, não há fiscalização.
Outro aspecto importante em relação aos contêineres é a sua localização. Eles estão, geralmente, perto de edifícios de escritórios, de restaurantes, lojas e prédios residenciais. Ficam ao longo das vias por onde passam os caminhões de coleta.
Os edifícios e as vias, quando projetados não tinham a previsão desses contêineres. Os Códigos de Obras e de Posturas foram elaborados quando eles não eram utilizados. Os sacos de lixo eram recolhidos pelos garis e lançados em caçambas. Hoje os profissionais da limpeza pública levam o contêiner ao caminhão que o iça até o compartimento de descarga e o esvazia.
Não tendo local previsto, as pessoas estacionam o contêiner nos cantos dos estacionamentos junto às vagas destinadas aos deficientes e aos idosos. Onde não há vagas de estacionamentos fazem recuos nos meios-fios e criam baias para os contêineres, em muitos casos em detrimento das calçadas.
Na SQS 105, por exemplo, as baias tomam 70% das calçadas e o que delas resta não permite a passagem de uma cadeira de rodas, de um carrinho de bebê, de um andador de uma pessoa com dificuldade de locomoção. É hora de rever a questão.
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