theme-sticky-logo-alt
theme-logo-alt

Crescimento Populacional e Moradias

A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – Distrito Federal – PDAD/DF 2013, elaborada pela Codeplan e publicada em dezembro de 2014, portanto recentemente, nos mostra que apenas 69,48% de população do DF reside em moradia própria. Ou seja aproximadamente 270 mil domicílios são alugados pelas familias, cedidos ou ocupados em outras formas.

As regiões mais próximas do centro são as que têm maior percentual de ocupações por aluguel ou cessão. No Núcleo Bandeirante o percentual de moradias alugadas chega a 42,80%, no Sudoeste/Octogonal a 40,27%. A proximidade e a consequente facilidade de acesso aos locais de trabalho explicariam a maior procura por aluguéis naquelas localidades.

A renda alta em relação a outras unidades da federação é um forte atrativo para as migrações para o Distrito Federal. Outros fatores, como o acesso a educação, saúde, trabalho etc principalmente quando comparados com os serviços disponíveis nas regiões de origem são motivadores do processo migratório.

Independentemente deste fato, das migrações, o crescimento populacional do Distrito Federal, é um dos maiores do pais. A taxa de crescimento populacional, estimada pelo IBGE para 2016, para o Distrito Federal é de 2,14% ao ano, enquanto que para o Brasil a taxa é de 0,80%.

O acréscimo populacional decorrente desta taxa de crescimento representa 64, 2 mil novos habitantes a cada ano. Considerando que o número médio de habitantes por domicilio no Distrito Federal é de 3,39 teria a necessidade de 18.938 novas habitações a cada ano, somente para atender os novos brasilienses.

A Codhab, depois de proceder triagem em sua lista cadastral das famílias que demandam habitação junto ao Governo do Distrito Federal, encontrou 185 mil famílias que preenchem as condições exigidas para participar de seus programas.

Levantamento feito pela Secretaria de Estado de Gestão do Território e Habitação – Segeth identificou a existência de 30 mil hectares de áreas aprovadas para fins urbanos. Ainda que sua ocupação fosse de 50 habitantes por hectare, que é baixa, a área aprovada poderia abrigar 1,5 milhão de pessoas. Os parceladores privados não irão resolver a demanda por habitação. Cabe ao governo a iniciativa de ofertar áreas para habitação.

Crônica anterior
A Suécia e a Privatização do Ensino
próxima crônica
Rodoviária do Plano Piloto é Caso de Urgência
Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

0 Comentário

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

15 49.0138 8.38624 1 0 4000 1 https://www.ambienciabrasilia.com.br 300 1