Bônus Demográfico é o Futuro
A taxa de crescimento da população brasileira está decrescendo. O IBGE estima que em 2040 a população começará a decrescer em termos absolutos. Hoje a população em condições de trabalhar e produzir é maior que o número de crianças, adolescente, idosos e outros que não podem trabalhar. Mas à medida que a população for envelhecendo e se reduzir à parcela da população jovem, o percentual de pessoas em idade produtiva irá se reduzir paulatinamente.
As estatísticas nos mostram que a população residente no campo vem reduzindo proporcionalmente e hoje temos 15,65 % da população na zona rural e 84,35% vivendo nas cidades. Isto significa que as migrações do campo para a cidade vão perder força até estabilizar. Com a redução das migrações e do crescimento populacional, a demanda por habitação, escolas, demais equipamentos e serviços urbanos irá diminuir.
Temos, com base nos estudos demográficos, três décadas para equipar as cidades com infraestrutura, saneamento, equipamentos urbanos, sistemas de transportes e outras melhorias indispensáveis à vida digna.
A situação atual do país, com crescimento da economia e integração das populações ao processo produtivo, somada à perspectiva aberta pelo pré-sal permitem vislumbrar a possibilidade de implementar uma estrutura produtiva que atenda às necessidades da população mesmo quando vier a reduzir a parcela envolvida no processo produtivo.
O Distrito Federal, vítima de décadas de desmandos e descontrole administrativo, deve repensar o futuro a partir de planejamento com base em estudos e projeções de médio e longo prazo. Diariamente são anunciadas medidas pontuais na saúde, na educação, transportes, ocupação do solo etc.
É tempo de retomar a discussão das questões importantes para a cidade, de modo a prepará-la para este futuro não tão distante. Assim o fazendo poderemos chegar aos anos de crescimento zero com uma cidade equipada, funcional e agradável de se viver.
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