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As Chuvas e o Comportamento da Flora

Este ano teve, um regime de chuvas caprichoso. Em janeiro registrou apenas 100 mm. A média registrada entre 1961 e 1990 aponta para a precipitação correspondente a quase 300 mm para aquele mês. Em fevereiro o esperado era pouco menos de 300 mm e o que se viu foi 220 mm aproximados. A falta de chuvas comprometeu a produção agrícola, especialmente milho, na região com fortes perdas para os produtores.

O que faltou em janeiro e fevereiro sobrou em abril. Choveu próximo de 320 mm. O esperado, conforme a média do período acima, era de 190 mm. A chuva adicional de abril manteve os nossos gramados verdes por mais um tempo, até o final de maio.

Junho e julho chegaram secos, bem secos. Agosto indicava que iria no mesmo caminho até que no dia 12 o céu se cobriu de nuvens. Alguém especulou – será que chove? – parece que não, a umidade está muito baixa, 33%. Mas choveu e voltou a chover no final de semana.

O serviço de meteorologia explicou que a região foi alcançada por uma frente fria que passara pelo Sudeste, o que teria provocado mudança na circulação dos ventos nesta região. Os ventos causaram o aumento da umidade e a formação das nuvens. No sábado, 13 de agosto a umidade registrada à tarde era de 69%. Há previsão de possíveis chuvas nesta quarta, 24 de agosto.

A floração dos ipês é o que ameniza a secura da paisagem. O ipê roxo começa a trocar suas folhas pelos cachos de flores já nas primeiras semanas de julho, pouco depois da queda das últimas flores das paineiras. Assim aconteceu e esperava-se que no início de agosto os ipês amarelos, os preferidos de muitos, inundassem os canteiros. Eles teimaram, alguns deram algumas flores, mas a maioria não floresceu.

Com as chuvas temporãs, os ipês amarelos, tabebuia alba, deram o ar da graça e finalmente floresceram como esperado. Alguns ainda têm metade de sua copa tomada pelas folhas que vão sendo substituídas pelas flores.

O inusitado, é que o ipê branco, tabebuia róseo-alba, que aparece em setembro explodiu de flores logo depois destas chuvas. Muitos dos espécimes de ipê branco estão ainda pequenos. Há espécimes espalhados pela cidade, mas a pista que liga a Avenida L2, passando abaixo da Esplanada dos Ministérios, ao lado da Catedral tem uma leira que se estende por toda ela. Atrás do Ministério da Educação há um ipê branco com quase 20 metros de altura, que tem uma floração imponente.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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