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Chuvas, Flores e Alimentos

Choveu nos últimos dias e o clima que andava escaldante voltou a ser aquele que se espera no inverno, com baixas temperaturas. Uma pontinha de inverno às vésperas da primavera que chega no dia 23 de setembro.

As chuvas melhoraram a umidade relativa do ar e provocaram os ipês que soltaram suas flores com vigor. Os amarelos que estavam adormecidos, os brancos que florescem nesta época e os rosa que anteciparam seu desabrochar. Todos revigorados pelas chuvas.

Eis que uma recente reportagem sobre os efeitos da estiagem na produção de alimentos, um repórter foi a uma fazenda do Distrito Federal em busca de subsídios para dar verossimilidade à sua tese de que a falta de chuvas provocaram o aumento dos preços dos alimentos.

As imagens mostravam uma lavoura de milho. O repórter abriu uma espiga, seca, que aberta possibilitava ver os grãos de bom tamanho que cobriam todo o sabugo. Tinha sido uma boa produção. A colheitadeira recolhendo os pés de milho, debulhando as espigas e lançando os grãos no caminhão que a acompanhava exibia o quão profícua fora a plantação.

Apesar da contradição nas imagens, o repórter dizia que tinha sido péssimo o resultado. Ao entrevistar o fazendeiro, este preferiu falar de generalidades e não tocar no assunto do milho. Sabe-se que milho colhido nesta época foi plantado a cem dias atrás, ou seja, em junho, em período de seca. Trata-se de milho irrigado que não depende de chuvas.

A seguir, foram mostradas hortaliças tubérculos e frutas em um mercado e dito que a falta de chuva havia aumentado seus preços. Moradores do Planalto sabem que tais produtos tem menores preços no período das secas pois nesta época há menos pragas a combater e o produtor pode controlar a quantidade de água ofertada às plantas de modo a obter o melhor produto. É só começar as chuvas e o preço do morango, do tomate e outros, dispara.

Nosso clima pode ser duro no período de menor umidade relativa do ar que vai de junho ao início de setembro, mas tem vantagens relativas no manejo de hortifrutigranjeiros. Durante as chuvas muitos dos alimentos são produzidos em estufas devido ao alto índice de pluviosidade durante o período chuvoso com média de 1.800 mm ao ano. Toda esta água alimenta os lençóis freáticos que irão manter nossos rios e córregos perenes. Temos um clima com extremos que permite uma vida saudável e produtiva.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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